Paz,
como as manhãs
resplandecentes,
assanhadas
pra iluminar
caminhos.
como as manhãs
resplandecentes,
assanhadas
pra iluminar
caminhos.
Paz,
no silêncio
dos ninhos,
esperança agasalhada
dos espinhos.
Paz,
no balanço da brisa,
fazendo carinhos
na flor.
Paz,
no sorriso da criança,
na noite solteira,
à espera do amor.
Ivone Boechat
no silêncio
dos ninhos,
esperança agasalhada
dos espinhos.
Paz,
no balanço da brisa,
fazendo carinhos
na flor.
Paz,
no sorriso da criança,
na noite solteira,
à espera do amor.
Ivone Boechat
Obrigada, Senhor
ResponderExcluirÉ doce e maravilhoso,
Senhor!
levantar no início da alvorada
e afinar o canto da alma
à sinfonia da natureza,
louvando e bendizendo
teu Santo Nome!
É lindo decifrar
a intenção da cascata
no canto suave
sobre as pedras que encontra
no caminho,
obrigada,
Senhor,
porque a felicidade maior
e o significado
profundo da vida
não se traduzem no conforto ou na riqueza,
estão guardados,
como tesouro precioso e infinito,
na presença inconfundível
da tua paz.
Ivone Boechat
Meu canto
ResponderExcluirEu faço versos
pra espantar meus sustos,
dores, angústias e tristezas vãs...
vou caminhando pra esquecer o tempo,
e, nesse alento,
vou buscando as mágoas
pra apagar as chagas
e recomeçar!
Sou como lírio
que ilumina o vale escuro,
sou como águias
à procura do infinito,
busco no vento a força
contra o muro,
e, nesse alento,
vou buscando as mágoas
pra apagar as chagas
e recomeçar.
Chuva miúda,
dor pequena,
tarde calma,
luz maior,
partir sem medo,
sem fazer segredo,
voltar sorrindo,
se puder voltar,
e, nesse alento,
vou buscando as mágoas,
pra apagar as chagas
e recomeçar.
Revendo amigos,
conhecendo mundos,
atravessando abismos,
pra poder contar,
vou com as flores
enfeitando estradas,
pra poder na volta te encontrar,
e, nesse alento,
vou buscando as mágoas,
pra apagar as chagas
e recomeçar.
Ivone Boechat
Fé
ResponderExcluirEu sou o barquinho
que ninguém acreditou
fui solta na onda feroz...
Engoli perigos,
massacrei tentações,
cuspi os desaforos
não perdi a voz!
Estendi a âncora
para fugir do inimigo
afinei meu canto nos corais...
Tomei dos anjos
asas e canções!
Criei coragem,
acendi castiçais,
iluminei o barquinho,
não me perdi no caminho,
apesar dos vendavais!
Ivone Boechat
Miragem
ResponderExcluirVocê está se sentindo inútil,
sozinho, vazio, incompleto,
ou talvez repleto
de promessas adiadas,
pelo discurso corrompido
do fracasso;
não, é tudo miragem,
faz parte do crescimento
o cansaço ao caminhar,
tire seu rosto refletido
deste lago sem imagem,
levante seu olhar,
para um mundo novo
totalmente despoluído,
no caminho da coragem.
Ivone Boechat
Aquela mulher é minha mãe!
ResponderExcluirIvone Boechat (autora)
Aquela mulher, com brilho no olhar,
firmeza inabalável,
passos apressados, voz forte,
desafiou a todos,
a si mesma desafiou muito mais,
nunca se deteve... avançou em paz.
É a mesma mulher que na solidão,
na pobreza ou na fartura,
dividiu tudo o que sempre conquistou.
Essa mulher
que passou por cima da brasa
dos seus próprios medos,
caminhou enfrentando
a resistência do movimento
dos sem ideal,
dos sem meta, dos sem coragem...
Aquela mulher atravessou montanhas,
percorreu caminhos de pedra,
chorou em silêncio, sozinha,
confiou,
mesmo quando lhe afirmavam
que o mundo ia desabar.
Aquela mulher
é minha mãe!
Ela não seguiu os sinais no caminho
apontados para o fracasso,
sofreu, viveu,
viverá sempre,
em tudo ou toda obra,
porque vai deixar muito mais
para frente do que para trás.