Os sinos cantando, as sombras, todas se
diluindo
dentro da tarde. Dentro da tarde, o teu grave pensamento de exílio.
Por que ainda esperas? Aqui termina o caminho,
aqui morre a voz, e não há mais eco nem nada.
Por que não esquecer, agora, as imagens que tanto nos perturbaram
e que inutilmente nos conduziram
para nos deixar, de súbito, na primeira esquina?
Essa voz que vem, não sei de onde,
esses olhos que olham, não sei o quê,
esses braços que se estendem, não sei pra onde...
Debalde esperarás que o eco de teus passos acorde os espaços que já não tem voz.
As almas já desertaram daqui.
E nenhum milagre de espera,
nenhum.
Emilio Moura,
dentro da tarde. Dentro da tarde, o teu grave pensamento de exílio.
Por que ainda esperas? Aqui termina o caminho,
aqui morre a voz, e não há mais eco nem nada.
Por que não esquecer, agora, as imagens que tanto nos perturbaram
e que inutilmente nos conduziram
para nos deixar, de súbito, na primeira esquina?
Essa voz que vem, não sei de onde,
esses olhos que olham, não sei o quê,
esses braços que se estendem, não sei pra onde...
Debalde esperarás que o eco de teus passos acorde os espaços que já não tem voz.
As almas já desertaram daqui.
E nenhum milagre de espera,
nenhum.
Emilio Moura,
in Permanência da poesia
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