sexta-feira, 21 de setembro de 2012

HORA AZUL



Hora azul. No parque, o ocaso
tem sugestões de pintura.
Crescem as sombras e a alvura
dos cisnes, no tanque raso.

O velho jardim de luxo
parece um vaso de aromas.
Harmonias policromas
sobem d'água do repuxo.

A tarde cai dos espaços
como uma flor, a um arranco
do vento, cai aos pedaços.

E a noite vem... No jardim,
o luar, como um pavão branco,
abre a cauda de marfim.

Onestaldo de Pennafort 

Um comentário:

  1. Um poeta que eu desconhecia, Amália! Muito obrigada por me ter aberto os olhos sobre mais uma beleza da literatura!

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