segunda-feira, 30 de setembro de 2013

MATINA



Noite! Cesse o teu ar imoto e quedo! 
Quero manhã! todos os sons que vazas! 
Fujam do ninho ao lépido segredo 
Todas as bulhas de reflantes asas. 

Sol! tu que a terra fecundando a abrasas. 
Desce da aurora em raio doce e a medo, 
Todas as luzes travessando o enredo 
Diáfano e leve das nevoentas gazas. 

Telas festivas deslumbrai-me a vista! 
Cantos alegres desferi-me em roda 
Em toda a luz, em todo o som que exista. 

E a natureza toda em harmonia, 
Iluminada a natureza toda, 
Surja gloriosa no raiar do dia. 

Emílio de Menezes



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