sábado, 27 de setembro de 2014

NO BANCO DE JARDIM





No Banco de jardim
o tempo se desfaz
e resta entre ruídos
a corola de paz.

No banco do jardim.
a sombra se adelgaça
e entre besouro e concha
de segredo, o anjo passa.

No banco de jardim,
o cosmo se resume
em serena parábola,
impressentido lume.


Carlos Drummond de Andrade
In 'Poesia Completa'

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