Pelas largas janelas entra a noite quieta e um cheiro de frutos maduros,
Pelas janelas abertas chega até nós um perfume frio de estrelas.
Pelas janelas abertas penetra a mansa poesia dos caminhos, das
viagens noturnas com pássaros dormindo nas ramadas...
Oh!o sossego do lampião na mesa tosca,
E o sorriso do amor sobre os postais da parede!
Onde a música não chega, aí estaremos.
Onde o repouso se estender nascendo pelas madrugadas aí estaremos.
Estaremos confundidos pelos ramos virginais e pela nudez das campinas.
Estaremos misturados com os passarinhos das cercas.
Os ruídos dos trens cortarão nossos ouvidos.
Mas as nostalgias não estarão mais em nós,
Porque seremos simples como a noite,
Como a grande noite resinosa e infinita.
Augusto Frederico Schmidt
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