Ah, esta Lua tão branca é a minha Lua de sempre.
Não é verdade que se tenham escoado os instantes inumeráveis.
Esta Lua alumia ainda a minha alma de menino,
e seu puro clarão escorre sobre as frescas madressilvas
da cerca de ripas do quintal antigo.
Esta Lua tão branca é a Lua do mundo imenso
em que não havia nem sofrimento nem tumulto.
Do mundo de silêncio infinito,
de cujo seio surdia o canto misterioso
do seres e dos destinos . . .
Tasso Da Silveira
In: Poemas De Antes
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