quarta-feira, 3 de outubro de 2012

SILÊNCIOS



Pelo pranto das auroras ,
pelo sangue das amoras;

pelos trevos dos caminhos,
pela ponta dos espinhos;

pelo leite das figueiras,
pelo limo das pedreiras;

pelo remanso do rio,
pela luz do sol do estio;

por tudo quanto é alegria,
tudo o que é melancolia;

pelo encanto do meu verso,
pelas glórias do Universo,

não quebres minha tristeza,
não quebre os silêncios meus,
que os silêncios têm beleza
e têm a graça de Deus.

Antonieta Borges Alves
In Lírios de Pedra

Um comentário:

  1. Bom dia, Amália. Bonita a poesia. Silêncios devem ser respeitados, vivenciados para a alma ser renovada, conhecedora de si mesma.
    Beijos na alma e fique na paz!

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