II
Antes que apagues teu brilho,
nívea estrela matutina,
(no tomilho
a codorniz trina, trina!)
volve ao poeta, cujo olhar
o amor cegou como um véu,
(com o dealbar,
sobe a cotovia ao céu!)
teu olhar, que se diria
banhado na luz da aurora,
(que alegria
vai pelos trigais em fora!)
e leva o meu pensamento,
longe, além, lá, bem distante,
(com o relento
o feno ficou brilhante!)
no almo sonho em que não cessa
de se embalar o meu bem,
(mas depressa,
que o sol dourado já vem!).
PAUL VERLAINE
Tradução de Onestaldo de Pennafort
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