"Toda a vida da alma humana é um movimento na penumbra.
Vivemos, num lusco-fusco de consciência,
nunca certos com o que somos ou com o que nos supomos ser.
Nos melhores de nós vive a vaidade de qualquer coisa,
e há um erro cujo ângulo não sabemos.
Somos qualquer coisa que se passa no intervalo de um espectáculo;
por vezes, por certas portas, entrevemos o que talvez não seja senão
cenário.
Todo o mundo é confuso, como vozes na noite. “
Bernardo Soares, (Fernando Pessoa)
in O Livro do Desassossego
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