Imagino
que saio a pescar a luz na tarde,
meu samburá a tiracolo,
antes que os deuses do dia
atrelem as carruagens
e o sol se incline
no abismo da memória.
Mudo as pedras.
Imagino, então,
Dona Lua,
por puro encanto,
até as franjas do infinito
tecendo um halo
e capturando estrelas
no encalço.
Imagino, imagino,
e deste imaginar me reincorporo,
chispo rudes pérolas:
alucino?
Fernando Campanella
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