Eis a terra que o crepúsculo banha,
Eis as orlas do Mar Amarelo;
Por onde se ergueu e aonde se abala,
São estes os ocidentais mistérios.
Noite após noite, seu tráfego purpúreo
Cargas de opala pelo cais dispersa;
E mercadores ponderam sobre horizontes,
Calculam rumos e somem em barcos de sortilégio.
Púrpura –
A cor das rainhas é esta –
A cor de um sol, no poente;
- Ainda, além dessa, o âmbar;
E o berilo – se o dia vai a meio.
Quando à noite, porém, amplidões de aurora
Atingem, de súbito, os homens –
Essa cor, e o feitiço, Mas, a Natureza
Reserva um lugar, também, para os cristais de iodo.
Emily Dickinson
in Poemas de Emily Dickinson
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